Porta Aberta
Não tem vista para o mar, não tem janela, não tem luz, nem saída...Abra a porta.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Clichês do Íntimo
Aprendi que não posso simplesmente acordar, prender a respiração e esperar a minha vida se tornar o que eu acho que deveria ser, esperando que este momento venha antes de eu sufocar. Se nós quisermos que alguma coisa mude, então devemos começar mudando alguma coisa. Aprendi que temos que esperar o melhor, mas a coisa mais importante: temos sempre que estar preparados para o pior. E eu sei que isso soa clichê, mas temos que começar com uma atitude positiva. Ninguém vai sentir a dor por nós, temos que ser fortes. Não podemos deixar a tristeza nos derrubar e abandonar nossas paixões e sonhos por causa de alguma coisa ou de ninguém. Haverá sempre alguém a tentar fazer-nos sentir que não conseguimos, que não somos capazes e que nossos sonhos nunca serão realizados. De qualquer forma, acredite em si mesmo! Se quisermos e se trabalharmos duro, acredite em mim ... nós podemos fazer o que quisermos da nossa vida e nos tornar a pessoa que queremos ser todos os dias. Só não espere o amanhã para começar a ser essa pessoa. O que você está fazendo no presente para ter o futuro que deseja? Nós estamos no comando de nossa própria felicidade. Contudo, para isso, é necessário sensatez. Sensatez e coragem. É preciso ser corajoso! E coragem não é ausência de medo, pelo contrário, a coragem é o domínio intelectual do medo. É tudo sobre o entendimento. Compreender nossas próprias capacidades e limites. E mesmo se não conseguirmos por algumas vezes, não podemos desistir. Eventualmente vamos falhar e cometer enganos, porém isso é tudo parte do plano, da caminhada, da aprendizagem. As falhas devem desafiar-nos a novos patamares de realização, não puxar-nos para novas profundezas de desespero. O fracasso é atraso, mas não padrão. As pessoas trabalham muito duro para descobrir o significado de suas vidas. Por que eu? Por que agora? A verdade é que às vezes as coisas não acontecem com você por uma razão. Às vezes é apenas sobre estar no lugar certo na hora certa. Eu aprendi que nós temos que parar de nos preocupar demais. Nós somos jovens, e quando ficarmos mais velhos, vamos perceber que as lembranças tristes e boas são praticamente quase as mesmas. É tudo sobre emoção no final. E nós precisamos de momentos ruins para valorizar os bons momentos e precisamos, ocasionalmente, errar para aprender a fazer algo certo. E não importa quantos erros que fizemos ou quão lento é o nosso progresso, estaremos sempre à frente de todos que não ainda sequer começaram a tentar.
sábado, 28 de janeiro de 2012
Aquilo que se sabe
Exatamente agora eu estou pensando sobre o muito e sobre o pouco. Não que eu devesse estar triste ou feliz. Talvez o pior dos sentimentos seja a neutralidade. Essa é a vida, agora mesmo você está lendo isso aqui e eu já estarei fazendo outra coisa quando você ler. É, eu sei...também achei que a vida fosse feita para ser mais excitante. Com certeza existem um milhão de coisas que você poderia estar fazendo agora, se exercitando, limpando a bagunça que você deixou, aprendendo outro idioma ou só sendo a pessoa que você sempre quis ser. Mas é difícil, nós ficamos tristes e preguiçosos e terminamos o dia por ali mesmo. Nossa vida reduzida a escrever sobre isso. Como se as palavras pudessem nos deixar mais perto da vitória, do amor, de ter aquilo que a gente quer. O ato de escrever é admitir a tristeza? A necessidade de dar uma saída e fazer alguma mudança através da linguagem? A leitura é uma forma de participar dos sonhos que estão longe demais? Eu dependo demais das fantasias. Existe um ditado que diz que se nossos sonhos não nos assustam é porque eles não são grandes o suficientes. E tudo o que eu tenho são sonhos, desejos, tudo o que eu conheço é isso. E eu não quero parar, definitivamente. Nós sempre precisamos de ter algo para correr atrás, sempre precisamos de sonhos, esse é o combustível. E se você, em algum momento duvida se está fazendo o que deveria ter feito com a sua vida, repense. E seja forte o suficiente para um novo começo, se necessário. Na maior parte da vida, nada extraordinário acontece. Se você não se diverte, acordando cedo, indo estudar/trabalhar, sentando na mesa com a família ou fazendo o que quer que seja durante seu dia, então a chance de você ser feliz é muito pequena. Se alguém baseia a própria felicidade ou infelicidade em grandes coisas como um prêmio na loteria, uma turnê pela Europa, uma ótima promoção no trabalho ou um casamento/relacionamento sem problemas, essa pessoa não estará feliz na maior parte da sua vida. Mas, se, ao contrário disso você consegue ver a felicidade nas pequenas coisas...parabéns, você está fazendo isso certo.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Quer saber? Era pra ser sobre você...
"Simplesmente acontece de você encontrar a pessoa e então tudo muda, muita coisa muda. Tudo isso define quem você é" - ele me disse. Pensei. Pensei mesmo. Pensei tanto que ainda estou pensando a respeito. A vida é assim mesmo, pessoas entrando e saindo. Mas, diga-me, quantas delas fizeram diferença? Quantas delas valeu a pena ter conhecido? Essas perguntas não têm, necessariamente, respostas iguais. Me intriga imaginar que o mundo tem lá seus 7 bilhões de habitantes e eu não irei conhecer todos. Cada peculiaridade, mania, gesto, jeito de falar, sotaque, roupas, qualidades e defeitos...Eu sou talvez apaixonada pelas pessoas. Eu não diria que gosto delas, entenda, é diferente. Estar apaixonado é quase como algo sem escolha, gostar é gostar... Eu diria que eu sou apaixonada pela humanidade em si, com sua capacidade de raciocínio e seu polegar opositor, que seja. Mas, nem todas as pessoas me agradam... e quem é que pode dizer o contrário? Tanto faz. Existem loucos por aí, pessoas que não dão a mínima e sequer apreciam a vida (assim como também existem aquelas que não tem oportunidades, privilégios, condições - triste!). Enfim, a questão é que é tanta gente indo e vindo, tanta coisa ficando, tanta coisa saindo que eu me pergunto...o que importa? É...engraçado. Realidade, maturidade, eis duas coisas que juntas podem gerar uma salada ótima. Na verdade eu só ainda estou pensando no que ele me disse... "conhecer a pessoa" Ele não me disse uma pessoa, ele disse 'a' pessoa. É completamente diferente. Eu já a encontrei? Ou essa pessoa já me encontrou? Isso não implica reciprocidade, implica? Quero dizer, talvez eu seja essa pessoa para alguém, a pessoa que vai mudar tudo, mas essa não seja a pessoa para mim. Não estou falando de almas gêmeas aqui. Só estou falando daquele alguém, ou daqueles alguéns que todo mundo deveria encontrar. Os famosos por rir e chorar junto, por te dizer a verdade na cara, por serem delicados ao dizer 'você está errado' e por quererem o seu bem ainda que isso lhes custe um pouco de dor (às vezes)... Mães? Pais? Amigos? Namoradas? Quantas pessoas assim você tem na sua vida? E quem seria 'a' pessoa? Consegueria se lembrar de alguém nesse exato momento que fez tudo parecer completamente diferente? Ainda que essa pessoa esteja em outro país, outro estado, tenha desaparecido, perdido seu telefone (ou mentido), à sete palmos do chão (sinto muito)...você consegue se lembrar de alguém? E você, já experimentou ser 'a pessoa' na vida de alguém? Não se assuste, reforço, não estou falando da tamap da panela...só estou falando de relacionamentos sociais, em geral... Só seria interessante se cada um só preocupasse com o outro. Eu não vou poder conhecer todos vocês, 7 bilhões, mas eu, sinceramente, prefiro me importar em ter tido algum valor na vida daqueles com quem eu dividi momentos (não é tão romântico quanto parece, eu não ligo tanto, mas queria, enfim ...). Enfim, como é bom escutar meu telefone tocando agora...
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Bastava Você
Nem sol, nem chuva
Nem frio, nem calor
Seja qual fosse a temperatura
Bastava você, meu amor.
Nem esperança, nem razão
Nem soneto, nem melodia
Seja qual fosse a canção
Bastava você, minha vida.
Nem dinheiro, nem fortuna
Nem jóias, nem diamante
Ainda que fosse uma viagem para a Lua
Bastava você, meu amante.
Não preciso de palavra solta
Dispenso qualquer coisa que você me faça
Não peço por muito mais que o mel de tua boca
Enquanto eu te digo ao pé do ouvido: ''Você basta''.
Lana Lima.
Nem frio, nem calor
Seja qual fosse a temperatura
Bastava você, meu amor.
Nem esperança, nem razão
Nem soneto, nem melodia
Seja qual fosse a canção
Bastava você, minha vida.
Nem dinheiro, nem fortuna
Nem jóias, nem diamante
Ainda que fosse uma viagem para a Lua
Bastava você, meu amante.
Não preciso de palavra solta
Dispenso qualquer coisa que você me faça
Não peço por muito mais que o mel de tua boca
Enquanto eu te digo ao pé do ouvido: ''Você basta''.
Lana Lima.
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
domingo, 18 de setembro de 2011
Noite Livre
Um dia desses ela decidiu não lembrar de nada. Nem se limitar. Ela decidiu simplesmente ser, deixar com que as palavras saíssem por si só e o gestos dissessem mais do que as palavras. Depois de ficar perdida o dia todo entre as ruas, entre as notas musicais e entre as expectativas eufóricas, ela decidiu sorrir. Ela sentou e sorriu bastante, comeu chocolate até começar a tossir e não se limitou. Chorou de rir, falou sobre coisas bobas e deu o primeiro passo. Ela mal sabia que esse passo ia acabar mais longo do que pensava. O primeiro passo levou-a até ele. Pra perto dele. Não que fosse coisa de filme, mas ela teve que sorrir para não babar. Caramba. Olha onde ela estava ontem, e olha onde ela estava agora.
Sequência de Quinta
Diálogos fáceis, palavras simplistas
Ouvidos atentos, algumas bebidas
Sorrisos trocáveis, vontades implícitas
Momentos espontâneos, suas iguarias
Cabelos sedosos chamam por mãos soltas
Braços envoltos dispensam voz rouca
Olhos nervosos criam pálpebras frouxas
Como um estalo, encostam-se bocas
Desfazem-se roupas, encontram-se corpos
Ao apertar-se os peitos fecham-se os olhos
Músculos agem sozinhos no quarto
O ar condicionado é o transpiro dobrado.
Lana Lima.
Ouvidos atentos, algumas bebidas
Sorrisos trocáveis, vontades implícitas
Momentos espontâneos, suas iguarias
Cabelos sedosos chamam por mãos soltas
Braços envoltos dispensam voz rouca
Olhos nervosos criam pálpebras frouxas
Como um estalo, encostam-se bocas
Desfazem-se roupas, encontram-se corpos
Ao apertar-se os peitos fecham-se os olhos
Músculos agem sozinhos no quarto
O ar condicionado é o transpiro dobrado.
Lana Lima.
Assinar:
Postagens (Atom)