domingo, 27 de dezembro de 2009

Pseudo complemento


Muitos caras acham que eu sou um conceito e que eu os completo ou que eu vou dar vida a eles. Não, sinto muito, mas eu não completo ninguém, não passo de uma garota que procura a própria paz de espírito. Se sou diferente, se tenho algo que você supostamente procurava, sinto muito, mas isso não vai me fazer te amar desesperadamente de uma hora para outra, eu não estou preparada e nem quero isso. É interessante como numa hora você quer tudo e não tem nada, e é curioso como em outra hora você não quer nada e aparentemente tem tudo, entende ? Vem muitos gritando "te amo", "você cativa", "você me seduz". Ah, eu ainda prefiro apreciar meu prato do impossível e procurar aquilo que me faz bem, quer dizer, não procurar, eis aí que está a questão, na verdade não estou a fim de procurar mesmo e, sinceramente por mais que isso parece palavra boba não quero procurar essa coisa tão almejada por todos tão cedo. Alma gêmea ? Me poupe, quem foi que disse isso ? Se existir alguma para mim em algum lugar por aí, que seja. Até me pergunto como seria, e não descrevo meus pensamentos dessa possibilidade aqui, pois não é tão seguro, poderia parecer superficial. Não, eu não acredito nessas palavras, nessas promessas... Soam como clichê e não me atrai. Se eu caio de amores por alguém? Creio que não, mas sinceramente isso faria diferença agora ? Há sempre o lance de "quem me quer eu não quero e quem eu quero não me quer". E...?


Ah, esclareço que não fiz pensando em um ser único e que isso não é uma carapuça, obrigada.
Se você quer "encontrar algo", procure de verdade, um pouco fora do virtual e mais no real, acredito que pode dar mais certo, falo por experiência própria.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009


Se você um dia se interessar por mim, esteja disposto a receber interesse de volta, caso contrário, nem converse comigo. O que eu mais odeio é saber que alguém me deu espaço para entrar mas não deixou a porta tempo suficiente aberta para que eu o fizesse.

Menos complicado que parece


Ela era diferente demais para amar, perfeccionista demais para amar, orgulhosa demais para amar. Ela era incrédula demais para acreditar que alguém também poderia amá-la, da mesma forma que ela amasse e com a mesma intensidade. Ela não acreditava no amor no fim das contas. Por não acreditar que pudessem amá-la também passou a não querer amar e quando acontecia fugia. Fugia e negava. Ela era pessimista demais para amar e por tudo isso acabou por deixar o amor fugir do seu alcance, deixou ele enterrado numa parte do corpo, do coração ou da mente onde ficam apenas parte das fantasias. Ela pensava mesmo que se tratava de uma incrível dádiva dos contos de fadas, porém ela não queria um conto de fadas. Perfeito demais, sem sentido demais. Ela queria o amor na sua totalidade, com todas as dores. Sim, era isso que ela queria esconder: ela tinha medo da dor do amor, mas não acreditava no mesmo se não a sentisse.